ITACARÉ
Antigo refúgio dos coronéis do cacau, Itacaré entrou para o esquecimento na década de 60 quando uma praga implacável, a vassoura-de-bruxa, levou à decadência as fazendas da região. O destino só foi redescoberto 40 anos depois, com a inauguração da Estrada-Parque Ilhéus-Itacaré. O asfalto substituiu a precária estrada de terra, até então encarada somente pelos surfistas que, nos anos 70, desbravaram e mantiveram no anonimato o abandonado pedaço do paraíso.
Com o acesso fácil vieram também a badalação, as mordomias - pousadas confortáveis, resorts sofisticados, restaurantes de cozinha internacional, cybercafés, lojinhas... - e o movimento constante de turistas.
Itacaré, porém, renasceu sob as bênçãos do ecoturismo e vem crescendo de maneira ordenada, preservando rios, cachoeiras e praias desertas emolduradas por morros cobertos de Mata Atlântica - um cenário bem diferente dos principais cartões-postais da Bahia, onde predominam dunas e falésias.
Para manter tudo no seu devido lugar, a cidade não abre mão das trilhas, única maneira de chegar aos cenários mais encantadores, como Prainha e Havaizinho. Caiaques, canoas, bicicletas e jipes também são bem vindos e substituem os pés na hora de praticar esportes ou aventurar-se em meio às paisagens espetaculares.
Ao entardecer e quando a noite cai, o movimento se concentra nas ruas Lodônio Almeida e Pedro Longo (Pituba), no centro, repletas de bares e restaurantes que ocupam casarões coloridos.